Prestação de contas do presidente do PT de Joinville, Adilson Mariano

terça-feira, 18 de novembro de 2014

On 17:21 by Adilson Mariano
Para A Esquerda Marxista, o boicote inviabiliza o funcionamento das instâncias partidárias 


Os membros da Esquerda Marxista (EM), corrente interna do Partido dos Trabalhadores, apresentam em 18 de novembro termo de renúncia coletiva do diretório municipal do Partido dos Trabalhadores de Joinville, inclusive da presidência.

A decisão foi motivada após sabotagem feita pela corrente Construindo um Novo Brasil (CNB), na última reunião do diretório, em 15 de novembro. Mesmo tendo maioria de membros na direção, a CNB não consegue mais reunir seus militantes e, no intuito de impedir o quórum, retirou-se da plenária. Na oportunidade, seria debatida a carta apresentada pela EM, a ser enviada à presidente Dilma, ao ex-presidente Lula e ao diretório nacional do partido com um balanço das eleições.

A retirada dos membros da CNB da reunião, orientada pelo secretário de formação do partido, Valsoni Celestino - Lico, ligado ao ex-deputado federal e ex-prefeito municipal Carlito Merss, foi acompanhada por Osvaldo França, da corrente O Trabalho (OT).

A carta, que pode ser lida na íntegra aqui contém as seguintes proposições:

- Enviar ao Congresso Nacional um Orçamento para 2015 que rompa com o pagamento das dívidas interna e externa que alimentam vampiros especuladores e coloque todo o dinheiro para transporte, saúde e educação, públicos e gratuitos para todos, uma política para elevar o salário mínimo ao piso constitucional - Dieese, reduzir a jornada para 40 horas sem redução de salários.

- Demitir os ministros capitalistas, romper com os partidos do capital. Constituir um governo apoiado nas organizações populares, na CUT, no MST, entre outras. Exigir publicamente e combater pelo impeachment dos ministros do STF que votaram na farsa da AP 470, a liberdade imediata e a anulação da sentença dos dirigentes do PT.

- Revogar o fator previdenciário e as reformas da previdência, restabelecer o valor das aposentadorias. Cancelar todas as desonerações fiscais e taxar as grandes fortunas. Aposentadoria integral, pública e solidária, com 35 anos de trabalho.

- Fim imediato do financiamento público a toda a imprensa burguesa (jornais e revistas) feitos através dos anúncios de publicidade estatais. Como jornais políticos que são, que vivam do financiamento que receberem de seus apoiadores. Nenhum recurso público para a imprensa burguesa.

- Estatizar a Rede Globo, que é concessão pública e abri-la para os movimentos sociais. É público e notório que a Globo construiu-se sob o manto da ditadura e com dinheiro público, sonega impostos e deve mais de R$ 1 bilhão aos cofres públicos. Estatizar todas as redes, TVs e rádios religiosas, de qualquer confissão. O Estado é laico e os serviços públicos devem ser laicos e democráticos. Basta de um serviço público, as concessões, ser utilizado permanentemente para tentar fraudar eleições e manipular a população.

- Fim das privatizações dos portos, aeroportos e rodovias. Cancelamento dos leilões de petróleo e do Campo de Libra. Todo petróleo - do poço ao posto - para uma Petrobras 100% estatal. Reestatização das empresas e serviços públicos privatizados.

- Para acabar com a corrupção, prática burguesa inseparável do apodrecimento do capitalismo e que se desenvolve sem parar em todas as áreas do Estado capitalista, estabelecer o controle dos trabalhadores sobre a gestão de todas as estatais e serviços públicos, com representantes eleitos pelos próprios trabalhadores, com direito de veto e ampla publicidade.

- Cessar imediatamente qualquer perseguição policial, judicial, repressão e criminalização dos movimentos sociais. Colocar o governo a apoiar política e materialmente a luta contra todas as perseguições aos movimentos sociais. Anistiar por decreto presidencial todos os perseguidos e condenados políticos. Apoiar o PL de Anistia nº 7.951, de 2014, em tramitação no Congresso Nacional.

Para o presidente do PT de Joinville, vereador Adilson Mariano, a retirada da CNB e da OT da reunião significa verdadeiro ato de sabotagem política, inaceitável em qualquer momento, mas muito mais agora depois do resultado eleitoral de outubro, que demonstrou um verdadeiro castigo imposto ao PT.

Para Mariano, o resultado eleitoral para a presidência e para deputados, com perda expressiva de mandatos, é a comprovação de uma clara sanção que trabalhadores e jovens dão ao PT com sua política de alianças e de colaboração de classe. Os membros da CNB e da OT negam-se a discutir e refletir sobre esta conclusão.

Para os membros do diretório que ficaram na reunião de sábado, a atitude destas correntes inviabiliza o funcionamento normal das instâncias do PT. Com este tipo de comportamento, sempre que estes grupos não estiverem acordo com a pauta da reunião, impedirão a discussão com a retirada do quórum. "Com sabotagem e boicotes não dá para continuar", desabafaram militantes.

Diante disso, os membros da EM renunciarão a seus cargos no diretório municipal. Eles acentuam que não podem ficar submetidos a manobras e artimanhas dos burocratas, que abandonaram o combate pelas reivindicações da classe e se utilizam do PT para manter a coalizão com os partidos da burguesia, ignorando a advertência recebida nas urnas.

No entanto, eles continuarão filiados ao partido. "A EM continuará a fazer o trabalho que sempre fez entre a base do PT, mas fora do diretório municipal, que agora ficará sob a responsabilidade dos sabotadores", disse Mariano. "Neste momento estamos renunciando aos cargos, mas com a disposição de colocar todas as energias, como sempre fizemos, no dia a dia da luta dos trabalhadores".

A partir de agora, a EM colocará todas as suas energias na construção de uma Frente de Esquerda Unida, para reunir e organizar todos aqueles que desejam continuar lutando pelas reivindicações da classe trabalhadora e da juventude.

Este é o chamado da Esquerda Marxista.

Leia o termo de renúncia coletiva apresentado:

terça-feira, 11 de novembro de 2014

On 17:11 by Adilson Mariano
Companheiros e companheiras,

Vencemos a batalha eleitoral pela reeleição da presidência da república, mas é evidente que as massas trabalhadoras e a juventude sancionaram severamente nosso partido nas urnas. As massas deram ao PT uma última advertência.

No 1º turno tivemos 4,3 milhões de votos a menos do que no pleito de 2010. Tivemos nossa bancada na Câmara Federal reduzida em 18 deputados (mais de 20%) e nas assembleias legislativas de todo o país caímos de 149 para 108 deputados estaduais. Mas os votos que perdemos não foram para o PSDB. Uma pequena parte foi para Marina e outra para o PSOL, entretanto a maior parte engrossou as abstenções, os votos nulos e brancos, que bateram recordes nessas eleições.

Não conseguimos reeleger importantes governos estaduais, com destaque para o DF onde Agnelo sequer chegou ao 2º turno e no RS, onde Tarso ficou muito atrás. E no 2º turno da corrida presidencial, apesar da vitória, tivemos 1,2 milhões de votos a menos do que no pleito de 2010, mesmo com 7 milhões de eleitores a mais em 2014! E isso sem comparar com a votação de Lula, em 2006 ou 2002, pois aí a queda proporcional é ainda mais acentuada.

Como se isso ainda não bastasse, nas regiões sul e sudeste, Dilma perdeu para Aécio em SP, ES, PR, SC e RS de forma vergonhosa. Aos que pretendem creditar a esses estados um suposto conservadorismo tradicional, vale lembrar que em 2002 Lula ganhou nesses e em todos os outros estados do país. Aquela sim foi uma verdadeira onda vermelha, que infelizmente só se dissolveu pela opção política de colaboração de classes e alianças com os partidos inimigos históricos da classe trabalhadora, como o PMDB, PP, etc.

Assim como no 1º turno, na região do ABC paulista, importante polo industrial, berço do PT e da CUT, Dilma só ganhou em Diadema e ainda assim com apenas 7,7% de vantagem sobre Aécio. No restante do bastião do proletariado brasileiro, ABC e inclusive na cidade de São Paulo, Dilma teve cerca de 30% dos votos válidos, enquanto Aécio fez cerca de 70%! Um absurdo e uma vergonha para os dirigentes históricos do proletariado de SP.

Esta é uma séria advertência da classe trabalhadora ao PT! As jornadas de junho do ano passado já haviam demonstrado o afastamento da juventude em relação ao governo e nosso partido.

Não será estendendo a mão à oposição de direita que o Governo e a direção do partido poderão reatar os laços com as massas trabalhadoras e a juventude. Além do mais, já está mais do que claro que nem mesmo os partidos da chamada “base aliada” podem servir de qualquer ponto de apoio, como já demonstra o PMDB. Também não será possível isso, colocando um agente do capital financeiro internacional como Ministro da Fazenda.

A defesa das instituições, a recusa de combater a burguesia, leva a que os setores mais reacionários da sociedade se sintam à vontade de sair às ruas falando em fuzilamento da presidente Dilma!

Conclamamos o conjunto do partido a se mobilizar contra estes reacionários e barrá-los nas ruas e em todas as frentes. A paralisia, enquanto a reação ergue a cabeça nas ruas e conspira abertamente nos quartéis, é o melhor caminho para permitir uma tentativa de deposição de Dilma, seja por meios "legais" (impeachment) seja pela força pura e simples. Argumentos "legais" não faltarão à burguesia com o beneplácito do reacionário STF.

Apesar de todos os erros do nosso partido e do Governo, a classe trabalhadora deu mais uma chance ao PT. Mas, um partido que ganha a eleição e perde nos centros políticos e econômicos do país está fadado ao fracasso. Para reverter este processo é preciso parar com a agitação sobre uma suposta constituinte e reforma política, que é uma forma de contornar os problemas concretos atuais e remeter sua resolução para um futuro nebuloso, e finalmente não levará a nada. Sem esperar mais, já, imediatamente, é preciso retomar a iniciativa política governando para as massas e atendendo às suas reivindicações mais sentidas:

- Enviar ao Congresso Nacional um Orçamento para 2015 que rompa com o pagamento das Dívidas interna e externa que alimentam vampiros especuladores e coloque todo o dinheiro para Transporte, Saúde e Educação, públicos e gratuitos para todos, uma política para elevar o Salário Mínimo ao piso constitucional (DIEESE), reduzir a jornada para 40 horas sem redução de salários.

- Demitir os ministros capitalistas, romper com os partidos do capital. Constituir um governo apoiado nas organizações populares, na CUT, no MST, entre outras. Exigir publicamente e combater pelo impeachment dos ministros do STF que votaram na farsa da AP 470, a liberdade imediata e anulação da sentença dos dirigentes do PT.

- Revogar o Fator Previdenciário e as Reformas da Previdência, restabelecer o valor das aposentadorias. Cancelar todas as desonerações fiscais e taxar as grandes fortunas. Aposentadoria integral Pública e Solidária com 35 anos de trabalho!

- Fim imediato do financiamento público a toda a imprensa burguesa (jornais e revistas) feitos através dos anúncios de publicidade estatais. Como jornais políticos que são que vivam do financiamento que receberem de seus apoiadores. Nenhum recurso público para a imprensa burguesa!

- Estatizar a Rede Globo, que é concessão pública e abri-la para os movimentos sociais! É público e notório que a Globo se construiu sob o manto da ditadura e com dinheiro público, sonega impostos e deve mais de R$ 1 bilhão aos cofres públicos. Estatizar todas as redes, TVs e rádios religiosas, de qualquer confissão. O Estado é laico e os serviços públicos devem ser laicos e democráticos. Basta com um serviço público, as concessões, sendo utilizadas permanentemente para tentar fraudar eleições e manipular a população!

- Fim das privatizações dos portos, aeroportos e rodovias! Cancelamento dos leilões de petróleo e do Campo de Libra! Todo petróleo (do poço ao posto) para uma Petrobras 100% estatal! Reestatização das empresas e serviços públicos privatizados!

- Para acabar com a corrupção, prática burguesa inseparável do apodrecimento do capitalismo, e que se desenvolve sem parar em todas as áreas do Estado capitalista, estabelecer o controle dos trabalhadores sobre a gestão de todas as estatais e serviços públicos, com representantes eleitos pelos próprios trabalhadores, com direito de veto e ampla publicidade.

- Cessar imediatamente qualquer perseguição policial, judicial, repressão e criminalização dos movimentos sociais. Colocar o governo a apoiar política e materialmente a luta contra todas as perseguições aos movimentos sociais. Anistiar por decreto presidencial todos os perseguidos e condenados políticos. Apoiar o PL de Anistia Nº 7951/2014, em tramitação no Congresso Nacional.

Para fazer isso, companheiros, será preciso convocar as massas para defender essas posições, para dobrar ou derrotar o Congresso Nacional e todas as instituições reacionárias. Se vocês o fizerem terão um apoio majoritário entre as massas, do sul ao nordeste, e se estenderia massivamente por todo o país. Venezuela, Equador e Bolívia já mostraram que os trabalhadores e a juventude respondem positivamente quando seus dirigentes convocam as lutas contra as oligarquias dominantes.

Essa é a sua responsabilidade. O que vão fazer determinará o futuro do governo e do PT. Nós, que ajudamos a fundar e construir este partido, que combatemos pela vitória do PT em todas as eleições, contra os partidos burgueses, continuamos o combate pelo socialismo, pelo fim do regime da propriedade privada dos grandes meios de produção.

Mais que nunca, nesta situação convulsiva internacional e nacional, os trabalhadores e a juventude necessitam de unidade para combater e vencer. A política de colaboração de classes divide os trabalhadores e a juventude, enquanto a independência de classe os unifica, na luta e nas perspectivas. Só uma política clara, firme e decidida de ruptura completa com o capitalismo e suas instituições pode nos levar à vitória tão necessária contra o capitalismo.

A continuidade da política anterior, “paz”, “diálogo”, “união” e “mão estendida” aos capitalistas e seus partidos vai ser entendido, com razão, por todos aqueles que se reagruparam e mobilizaram de vermelho para vencer o PSDB, Aécio e Armínio Fraga, como um verdadeiro estelionato pós-eleitoral. Isso vai provocar revolta e ampliar a ruptura das massas mais conscientes com o PT.

A classe trabalhadora e a juventude, seguramente, estão observando em que direção o PT vai governar após esta última advertência. Ainda há tempo, mas é preciso começar já!

Saudações socialistas,

02/11/2014

Esquerda Marxista

domingo, 8 de junho de 2014

On 08:05 by Adilson Mariano
Olá, companheir@s

Na última reunião do diretório municipal (7/6) propus e o conjunto da direção aprovou duas importantes notas de apoio à classe trabalhadora. A primeira, diz respeito a nossa cidade, está aqui pertinho, é sobre a greve dos servidores de Joinville. A segunda está bem longe, é em apoio a companheiros ucranianos que estão sofrendo com a perseguição do verdadeiro fascismo e pedem ajuda ao mundo todo. A luta da classe trabalhadora é internacionalista. Desde o Manifesto do Partido Comunista o sabemos: "Proletários de todo o mundo, uni-vos!". Diante disso, pedimos às direções estadual e nacional do PT para que se manifestem sobre o tema. 

Seguem as notas:

Nota de apoio do PT de Joinville à greve dos servidores municipais

Os servidores municipais de Joinville estão em greve desde o dia 20 de maio de 2014. Estes trabalhadores decidiram pelo movimento após mais de dois meses da apresentação da pauta de reivindicações e tentativas de negociações entre o Sinsej e o governo.

Antes de deflagrarem o movimento, os servidores estavam em estado de greve. No dia 19 de maio, havia uma proposta de reajuste salarial apenas no valor da inflação. Além disso, não havia nenhuma proposta sobre o atendimento de saúde da categoria, concessão de vale-alimentação para todos os trabalhadores, progressão salarial por aperfeiçoamento e elevação do piso salarial do magistério, que são os eixos principais da Campanha Salarial 2014. Ao todo, a pauta construída pelos servidores em assembleia continha 70 itens, dentre os quais dois terços não tinham resposta no dia 19 de maio.

Diante disso, o movimento de greve foi deflagrado e o prefeito Udo Dohler (PMDB) manteve o mesmo posicionamento de não dialogar, abrindo uma forte campanha de mídia contra os trabalhadores e judicializando a greve. Um movimento de avanço foi feito apenas no décimo primeiro dia de greve, ainda muito tímido, propondo prazos para 2015. Na Justiça, o governo solicitou o retorno ao trabalho de 100% da saúde e educação e uma multa diária de R$ 50 mil. Na pratica, isso é uma tentativa clara de coibir o direito de greve.

O processo de judicializacao levado a cabo por Udo Döhler segue movimento nacional de criminalização de greves, de todo o movimento sindical, da juventude, da luta por terra, por moradia, do próprio Partido dos Trabalhadores em nível nacional etc.

O PT de Joinville coloca-se ao lado dos servidores municipais em greve e dirige-se ao prefeito Udo Döhler solicitando a reabertura das negociações, bem como a apresentação de uma proposta digna à categoria. O serviço público é muito importante para toda a comunidade e, para que seja restabelecido imediatamente, é necessário que a Prefeitura dialogue verdadeiramente com os trabalhadores. Repudiamos ainda a tentativa de criminalização da greve e defendemos o direito de os trabalhadores lutarem.




Solidariedade à luta antifascista na Ucrânia

Ao Diretório Estadual e Nacional do Partido dos Trabalhadores

Prezados companheiros e prezadas companheiras.

No mês de maio, uma trágica situação se desenvolve na Ucrânia. Bandos paramilitares fascistas, como bandos integrados ao Estado ou diretamente financiados pelas oligarquias, estão realizando ações de terror branco contra qualquer um que se oponha ao governo de plantão de Kiev.

No dia 20 de maio, bandos fascistas paramilitares tentaram sequestrar dirigentes do Borotba, tradicional organização de esquerda da Ucrânia, após uma manifestação popular contra o governo em praça pública e à luz do dia, e foram impedidos por participantes da manifestação.

No dia 16 de maio, a sede do Partido Comunista em Kiev foi invadida. Livros, bandeiras e materiais foram queimados. Ao mesmo tempo, também foram iniciados trâmites para proibir o Partido Comunista no parlamento (que obteve 2,7 milhões de votos na última eleição) e a disfarçada operação antiterrorista continua sendo realizada contra as províncias de Donetsk e Lugansk.

Nesta grave situação, o diretório municipal do PT de Joinville se solidariza e propõe que o PT Estadual e Nacional imediatamente se pronunciem através de todos os seus meios, em solidariedade à resistência antifascista na Ucrânia, bem como protestem nacional e internacionalmente contra esta situação.

Solidariedade aos antifascistas que lutam contra o governo e suportam os ataques mais graves da repressão!

Abaixo o antidemocrático e autoritário governo de Kiev (que inclui membros de extrema direita)!

Contra todos os ataques aos direitos democráticos na Ucrânia!




sábado, 7 de junho de 2014

On 12:08 by Adilson Mariano


Na manhã chuvosa deste sábado (7/6/2014) em Joinville, faleceu o camarada José Mattos. Perdemos um grande lutador, um socialista convicto. Zé de Mattos trabalhou todos os dias de sua vida para construir outra sociedade. Líder comunitário, militante da Esquerda Marxista durante anos, um dos fundadores do PT em Joinville, esteve ao lado dos trabalhadores da Cipla na ocupação da fábrica e em todas as grandes lutas em defesa dos operários e da juventude da cidade.

Zé não perdia nenhuma ocasião de militância. Seu vigor e convicção, mesmo quando enfermo, eram impressionantes. Ele foi um exemplo de solidariedade e luta, um exemplo aos militantes socialistas de qualquer parte do mundo.

Nós, os militantes da Esquerda Marxista, registramos a perda de um grande camarada, mas sua força e convicções permanecerão, sempre.

Em homenagem ao camarada Zé de Mattos: Viva o Socialismo!

domingo, 1 de junho de 2014

On 19:15 by Adilson Mariano
Na reunião do diretório do PT de Joinville de 5 de abril definiu-se, por unanimidade, que a bancada do partido na Câmara de Vereadores votaria contra os projetos 66 e 67/2014, que autorizavam a Prefeitura a contratar médicos clínicos gerais e ortopedistas por meio de uma Organização Social (OS) de Garuva.

Consta na ata: “Caso o prefeito não retire os projetos em plenário, a bancada do PT vai votar contra estes projetos de saúde, que propõem contratação de OS para contratar médicos de maneira terceirizada”.

O diretório aprovou, também por unanimidade, a elaboração e publicação de uma nota que deixava clara a “posição contrária do PT” e determinou que a bancada deveria “fazer o combate contra a aprovação desses projetos”.

Inicialmente, na Câmara de Vereadores, toda a bancada encaminhou o que a direção partidária havia deliberado. O sindicato fez o combate contra os projetos e, diante da forte maioria que tem o prefeito no Legislativo, passou também a questionar vários pontos que deixavam claro os objetivos do Executivo, de terceirizar uma atividade fim da saúde pública municipal.

O Sinsej denunciou as contradições existentes no projeto. Elas demonstravam que essa contratação terceirizada através de OS não seria emergencial, como o prefeito alegava. Na verdade, os prazos dos contratos previstos eram de cinco anos e não ofereciam qualquer garantia de manutenção das escalas dos atuais trabalhadores. Além disso, a Prefeitura não se manifestava sobre a abertura de concurso público para completar o quadro de profissionais da saúde.

Emendas foram apresentadas pela Prefeitura e pelo vereador Manoel Bento (PT), diminuindo o prazo de validade dos contratos e prevendo exigências de qualificação dos profissionais. No entanto, o problema original do projeto, de terceirização da contratação de médicos via OS, foi mantido. As matérias não perderam o caráter de repasse de um serviço público à iniciativa privada, portanto, de privatização.

Assim, em 7 de maio, em primeira votação, e em 12 de maio, em segunda, estes projetos  foram aprovados na Câmara de Vereadores. E, contrariando a decisão do diretório, os vereadores Bento e Lioilson votaram a favor, corroborando com a política privatista de Udo Döhler (PMDB).

Eu, Adilson Mariano, votei contrário a estes projetos privatistas do prefeito que representa os grandes empresários da cidade. Também denunciei que, desde o inicio do seu mandato, Döhler tem procurado destruir e precarizar, de maneira premeditada, os serviços públicos de saúde do município.

Denunciei ainda o fato de que em um ano e meio este governo não foi capaz de realizar concurso público para contratar profissionais de saúde e de educação na cidade. No entanto, o concurso para guardas municipais já está marcado para acontecer em junho. Este projeto foi aprovado no final de 2013. Isso demonstra qual é a prioridade do prefeito que representa os empresários: gerar caos na saúde, educação, assistência social, moradia e investir em privatização e repressão policial (possivelmente para usar essa força contra quem for se manifestar cobrando as promessas de campanha).

Trago estes fatos ao conhecimento da base de nosso partido porque compreendo que é preciso deixar explicito quais são os reais motivos das divergências internas existentes no PT, que cada vez ficam mais claras.

Elas são políticas. Uns se adaptaram aos interesses da burguesia e do capitalismo, passando a achar normal a política de sucateamento e privatização dos serviços públicos. Querem humanizar o monstro capitalista. Outros, com os quais me identifico, continuam na luta pelas reivindicações mais sentidas do povo trabalhador e da juventude. Estão comprometidos com a Carta de Princípios, Manifesto de Fundação e bandeiras históricas do PT.

Vamos continuar lutando e denunciando a coalizão com os partidos da burguesia, linha política que destrói o PT enquanto instrumento de organização da classe trabalhadora e da juventude. Continuamos na luta pelo socialismo, por serviços públicos, gratuitos e para todos, em todos os níveis.