sábado, 17 de maio de 2014
On 09:42 by Adilson Mariano
Chegando aos seis meses na
presidência do PT escrevo este texto para prestar contas à base do partido. A
partir de agora, pretendo sempre divulgar meu ponto de vista. Convido você a
nos acompanhar e entrar em contato para nos ajudar nesta batalha.
É preciso relembrar...
Ganhamos a presidência em aberta
oposição à política do grupo que provocou um desastre eleitoral do PT por ter
se aliado com a direita e, na Prefeitura, ter dado às costas ao povo. Isso frustrou o sentimento de mudança de
nossa militância, de nossa base operária e da juventude. Muitos desanimaram, afastaram-se das lutas e
do partido.
Combatemos permanentemente em
defesa da independência de classe, contra a coalizão com os partidos da
burguesia e pelo apoio incondicional aos interesses gerais da classe
trabalhadora e da juventude, continuando a luta pelo socialismo. Sempre
dissemos que a política que vinha sendo aplicada desmoralizava e desanimava a
militância, destruindo o PT.
Foi por isso que ganhamos a
presidência, para ajudar o PT a voltar a ser o que era na luta pelo socialismo.
Recebemos um PT endividado e sem condições de pagar suas despesas
Os filiados precisam saber que
recebemos um partido quebrado financeiramente.
Quando tomei posse como
presidente do PT de Joinville, a antiga direção afirmou que estava tudo
tranquilo financeiramente, que não havia dívidas e teria, inclusive, recursos
em caixa.
No entanto, a cada reunião da
nova direção, enquanto ainda assumíamos o controle financeiro, surgiam novas
informações. Qual é a situação real: dos recursos em caixa, que inicialmente
nos disseram ser de R$ 39 mil, só apareceram R$ 19 mil. As dívidas, que diziam não
existir, começaram a aparecer com um débito de cerca de R$ 22 mil.
Fizemos o levantamento das
despesas fixas do PT e o desastre continua: o custo de manutenção do partido
era de R$ 6,4 mil por mês! No entanto, a arrecadação não passava de R$ 3,1 mil.
Ou seja, tínhamos um déficit mensal de R$ 3,3 mil.
Diante dessa situação informamos
o diretório, que deliberou por uma Auditoria Financeira sobre a gestão
anterior. No entanto, sob a
responsabilidade do Conselho Fiscal, meses depois esse processo ainda não foi
concluído. Para receber a documentação do contador do PT, eu e o tesoureiro
tivemos que ir diversas vezes ao seu escritório. O resultado era sempre pura
enrolação. Por quê?!
Para impedir um desastre,
decidimos a mudança da sede para um local mais barato e central. Tomamos
medidas e reduzimos o custo mensal de R$ 6,4 mil para cerca de R$ 4 mil. Mas,
ainda assim continuamos com um déficit de cerca de R$ 1 mil mensal, que vai
estourar a partir de junho.
Recentemente, fomos surpreendidos
novamente. Uma loja de equipamentos de som protestou o partido em cartório, por uma compra realizada em 2012, onde foi paga uma parcela, mas a direção anterior não pagou a segunda parcela no valor de R$ 1,5 mil. Estamos vendo os meios para resolver a situação.
É preciso refletir como chegamos
nesta situação. Há anos nosso partido abandonou a antiga forma de
financiamento, baseada na contribuição dos filiados e venda militante de
materiais. Acompanhando o que aconteceu nacionalmente,
o PT de Joinville passou a depender cada vez mais das contribuições dos
parlamentares (municipais, estaduais e federais) e, mais tarde, dos filiados em
cargos comissionados do governo.
Não dependendo mais do esforço da
base, foi mais fácil virar às costas a ela, dando um giro à direita e apoiando medidas
inconcebíveis do governo de coalizão do PT na cidade e no governo federal.
Além disso, diversos cargos
comissionados petistas, e até um vereador, terminaram o ano de 2013 em débito
com o PT.
Isso não pode continuar. É um
escândalo.
Convocamos todos os filiados e se
reunir, participar das plenárias regionais que estamos convocando para conhecer
em detalhes a situação desastrosa em que nos entregaram o partido. Estamos
entrando em contato com militantes em diversos bairros e nos próximos dias
divulgaremos a data e local de cada atividade. Também faremos um risoto – uma
ação entre amigos do PT – no dia 5 de julho, ao custo de R$ 10, para arrecadar
recursos.
Vamos discutir como tirar o partido dessa situação. Só com o apoio da base podemos mudar isso. Dinheiro de empresário no PT de Joinville não vai entrar e temos que manter a sede, a secretaria, o telefone etc. Só assim poderemos fazer uma verdadeira política independente, socialista, de luta ao lado dos trabalhadores e da juventude. Venha discutir a situação. Participe das atividades convocadas.
Vamos discutir como tirar o partido dessa situação. Só com o apoio da base podemos mudar isso. Dinheiro de empresário no PT de Joinville não vai entrar e temos que manter a sede, a secretaria, o telefone etc. Só assim poderemos fazer uma verdadeira política independente, socialista, de luta ao lado dos trabalhadores e da juventude. Venha discutir a situação. Participe das atividades convocadas.
Saudações petistas e socialistas!
Adilson Mariano